Como tudo começou...
Escrevo desde sempre. Quando criança rabiscava histórias e fazia colagens sem nem ao menos ter consciência de que todo aquele processo significava minha inclinação para essa arte. Foi na adolescência que comecei a pensar em como escrever era algo que me deixava feliz. E em 1999 comecei a publicar poemas e textos em jornais locais. Eu tive inúmeros blogs quando nada disso era popular ou um meio de ganhar dinheiro. Naquela época, escrever em blogs era algo independente de fins lucrativos e e bem mais autêntico. Não existia seguidores e tampouco likes. Todos os blogs que tive foi uma forma de publicar minha obra e também dividir minha vida. Nesse caminho, eu pude crescer e aperfeiçoar minha visão de mundo. A arte da palavra e da fotografia sempre me atraíram e foi nelas que encontrei meu lugar nesse mundo. Neste espaço, divido um pouco dos rascunhos de fanzines, esboços de publicações e outras raridades dessa época. Em 1999, passei a assinar meus textos como Carolyne Ferso e desde então é assim que me apresento como escritora.

Apenas eu
dançando nas folhas secas daquele verão
na ponta dos pés suportando o asfalto
jurando que suportaria todo o peso do mundo
Apenas eu
sentindo uma falsa leveza
queimando em fúria
por dentro
só para não alardear nenhum estrago
Apenas eu.
(CAROLYNE FERSO)
Lágrimas de Setembro
Lágrimas de setembro
fazem-me lembrar
da dor que nasceu em mim
sem se apagar
Meus pensamentos gritam
porque existe um vazio
na alma que chora
no triste frio
Deslizando versos de luto
nuvens de dor
à sombra de mentiras
minhas lágrimas são de verdade
no fim de setembro.
(CAROLYNE FERSO)



